terça-feira, 26 de janeiro de 2010

PTB Mulher-RJ define estratégias para o primeiro semestre do ano

Membros da Executiva Estadual do PTB Mulher do Rio de Janeiro estarão reunidos nesta quarta-feira (27/01/2009) à tarde para definir as prioridades do movimento feminino no estado para este primeiro semestre de 2010. Entre os assuntos a serem disicutidos estão a escolha dos palestrantes a serem convidados para participar do já tradicional "Café com Prosa", que terá início no dia 10 de março. Este ano, a série de encontros na sede estadual do movimento acontecerá mensalmente, já que tanto bairros da cidade do Rio quanto outros municípios do estado receberão a versão itinerante do projeto - cujo formato também será definido na reunião de quarta-feira. Estarão em pauta, ainda, a organização da segunda edição do treinamento "Tropa de Baton" e a possível criação de Comissões Provisórias do PTBM-RJ em municípios fluminenses que não tenham formado um Diretório movimento.

PTB Mulher de Porto Alegre trabalha cronograma de ações para 2010

A executiva do PTB Mulher de Porto Alegre (RS) se reuniu na última semana, na sede do Diretório Metropolitano do partido, na capital gaúcha, para realizar sua primeira reunião ordinária de 2010. Avaliações das últimas atividades de 2009 e o cronograma de ações deste ano estiveram na pauta do encontro. Segundo a Presidente Municipal do movimento, Iara Lopes, é importante estabelecer logo um calendário para as ações a serem realizadas, pois estamos entrando em um ano eleitoral.

Entre as primeiras atividades propostas estão as visitas a feiras e terminais de ônibus para divulgar o material do partido e tornar conhecida a pré-candidatura de Lara ao governo do estado e a reunião do Diretório Metropolitano, na próxima semana. Além disso, uma nova edição do Boteco do PTBM da Capital deve acontecer ainda em janeiro. As mulheres também planejam organizar um Baile de Carnaval com concurso de fantasias de grupo de idosos, na Zona Sul da cidade. No próximo encontro, será apresentado um calendário destas ações e um esboço de como devem ser colocadas em prática.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Cristiane Brasil: "PTB é a vanguarda do movimento de mulheres na política"


Leia abaixo entrevista concedida pela Presidente Nacional do PTB Mulher, Cristiane Brasil, ao Portal do PTB:



Portal do PTB – No final de 2009, foi realizada a Convenção Nacional do PTB Mulher. Qual é a importância desse evento para as mulheres do PTB de todo o Brasil?

Cristiane Brasil – O evento foi a segunda Convenção Nacional do movimento de mulheres do partido. A última aconteceu há dez anos. Isso mostra que o PTB Mulher está se renovando, renascendo das cinzas, como uma Fênix. E como uma Fênix vai brilhar nos céus do partido, vai levar o partido e todos os ideais trabalhistas para muito além do horizonte e mostrar a força da mulher brasileira, que, afinal de contas, é a grande maioria dos eleitores e está ascendendo a postos jamais imaginados. Por exemplo, nós temos a presidente da nação rubro-negra, Patrícia Amorim, outras presidentes de órgãos que, antes, eram redutos exclusivamente masculinos, presidentes de sindicatos, mulherada realmente mostrando que tem capacidade para fazer e acontecer, sonhar e realizar. E é isso que nós queremos passar para todos os movimentos de mulheres, para todas as brasileiras, para todas as petebistas: nós podemos e nós faremos o sonho se tornar realidade.


Portal do PTB – Quais são as suas expectativas para este ano de 2010?


Cristiane Brasil – Essa largada foi muito importante no final de 2009, porque nós organizamos quem serão as pessoas que vão tocar o movimento em 2010. Agora, temos, inclusive, a sugestão da administração de Porto Alegre de fazer um diagnóstico para levantar quem são as mulheres do PTB Mulher para, em março, fazermos nosso grande treinamento “Tropa de Batom”. E, ao final desse treinamento, fazermos o planejamento estratégico para os próximos três anos dessa gestão que eu estou encabeçando, mas que eu não faço sozinha. E o mais importante é que nós temos o apoio intensivo do PTB e do nosso Presidente, Roberto Jeferson. Apoio da Executiva do PTB, dos homens do partido, inclusive daqueles que também fazem parte do nosso movimento. Isso será a garantia de sucesso do nosso trabalho. Outra grande lição é a união das nossas companheiras de todos os estados. É disso que a gente precisa – de união, amizade. É sempre a construção no amor. Essa é a grande lição, é tudo que a gente quer, construir o PTB Mulher no amor.


Portal do PTB – Como você vê a participação da mulher na política brasileira atualmente?

Cristiane Brasil – Nós estamos avançando. A participação da mulher ainda é inexpressiva em alguns aspectos, por exemplo, na representatividade, nas Câmaras, nas Assembléias, no Poder Legislativo, em geral, essa participação ainda é baixa. Porque a entrada da mulher na política, além de ser muito cara, demanda algo que não tem valor: o tempo. Nós temos que dividir nossa vida entre o trabalho, a carreira e, mais do que isso, a vida familiar. Não nos foi dado o apoio necessário para que pudéssemos sair de casa e dividir essas funções. Na verdade, a mulher acumulou duas, três ou quatro jornadas de trabalho. Então, para muitas mulheres ainda é difícil largar a vida familiar e assumir uma posição político-partidária. Nem que não seja uma posição de vir candidata, mas, sim, de dirigente partidária. Até porque também a entrada é muito difícil e os homens sonegam essa entrada para as mulheres. O PTB é um partido de vanguarda, o primeiro a dar autonomia a um movimento de mulheres e vai ser o primeiro a colocar uma rubrica orçamentária exclusivamente para um movimento de mulheres. Então, o PTB continua sendo a vanguarda do movimento das mulheres. Nós demos às mulheres o direito ao voto, isso é uma conquista de Getúlio Vargas, do PTB, e continuamos inovando. Nós fomos o primeiro partido a ter uma mulher presidente, Ivete Vargas, na refundação do PTB. E vamos fazer ainda governadoras, prefeitas e até presidente do Brasil, pode esperar.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

I Concurso Nacional de Monografias do PTB Mulher




Com 71 trabalhos inscritos, o I Concurso Nacional de Monografias do PTB Mulher terá seu resultado final revelado na segunda quinzena de março deste ano. Brevemente, serão divulgados os nomes que comporão a Banca Examinadora do concurso, a qual terá a missão de ler os textos para definir os 10 melhores de cada categoria, além dos dois vencedores. Antes disso, nestas primeiras semanas de janeiro, as monografias enviadas à sede do PTB, em Brasília, no prazo estipulado, passam por uma pré-avaliação, em que um especialista analisa possíveis descumprimentos ao regulamento do concurso, os quais poderão levar à desclassificação do concorrente. Confira regularmente este blog e o site do PTB para novas informações.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Elas conseguiram

Nos próximos meses, as mulheres americanas atravessarão uma fronteira e passarão a ser a maioria das pessoas empregadas no mercado de trabalho. Hoje, são 49,9%. A revista "Economist" pegou o dado como assunto da sua primeira reportagem de capa do ano. Segundo a revista, essa foi a maior revolução que aconteceu nos tempos atuais. A transformação não está completa.

Em 1966, 40% das mulheres que terminaram faculdade nos Estados Unidos tinham optado pela área de educação e apenas 2% se formaram em administração e negócios. Agora, são 12% em educação e 50% em administração e negócios. Mesmo assim, só 2% dos cargos de principal executivo das 500 maiores empresas americanas da Fortune são ocupados por mulheres. Na Inglaterra, são 5%.

A revista celebra o avanço da mulher no mercado de trabalho com frases assim: "Milhões de cérebros passaram a ser usados de forma mais produtiva." E sustenta que países que resistem a esta tendência — não apenas os países árabes, mas Japão e Itália, por exemplo — "vão pagar um alto preço na forma de talentos desperdiçados e cidadãos frustrados." O Goldman Sachs acha que incluir mais mulheres no mercado de trabalho pode puxar o PIB da Itália em mais 21%, do Japão, em mais 16%.


Os dados são espantosos. Na União Europeia, as mulheres ocuparam seis milhões dos oito milhões de empregos criados desde 2000. Nos Estados Unidos, três em cada quatro demitidos na atual recessão eram homens. Em 2011, haverá 2,6 milhões de mulheres a mais do que homens entre os estudantes das universidades americanas.


Sempre haverá explicação do tipo: há mais emprego para mulheres porque elas recebem menos. Mas o fenômeno é mais complexo do que isso e qualquer tentativa de explicação com uma única causa ficará incompleta. Há influência do movimento feminista, a pílula, a maior escolaridade, as transformações econômicas, as mudanças culturais, a vontade da mulher. Uma das explicações da revista para essa absorção de mulheres no mercado de trabalho é o crescimento do setor de serviços, que emprega mais mulheres, e também a demanda por habilidades mentais — nas quais há igualdade entre os sexos — maior do que a demanda por força física.


Chamadas para o mercado de trabalho na falta de homens, durante a Segunda Guerra Mundial, as mulheres nunca mais voltaram para casa. Na época, o cartaz da propaganda americana era uma mulher de uniforme — Rosie, a operária — com o braço levantado como sinal de força e a frase "We can do it" (Nós podemos fazer). A revista usa o mesmo cartaz e põe o título: "We did it" (Nós conseguimos).


Os dados derrubam os mitos que certas reportagens no Brasil sustentam de que as mulheres estariam fazendo o caminho de volta para casa, ou que passaram a valorizar mais o antigo papel da mulher. Estatisticamente não há sinal de fenômeno assim. Todas essas reportagens cometem um erro elementar do jornalismo que é confundir casos particulares com tendência. Erro de pauta e apuração.


O grande problema, disse a "Economist", é a falta de políticas públicas e privadas que solucionem o dilema entre maternidade e vida profissional. Algumas dessas políticas seriam "simples, sutis e baratas, como a de ampliação do horário escolar ou a adaptação das empresas às possibilidades do trabalho executado em casa".


Na verdade, é preciso caminhar um pouco mais na discussão sobre a visão cultural de que é da mulher a obrigação primordial de cuidar da criança. É o que acha a demógrafa Ana Amélia Camarano, do Ipea. Excetuando-se a gestação, parto e amamentação, tudo o mais pode e deve ser executado de forma compartilhada, no mundo de hoje, entre mãe e pai. Países escandinavos passaram a oferecer uma etapa da licença a quem cuida da criança, não necessariamente à mãe.


Alguns programas de incentivo ao aumento da fecundidade nos países europeus, como Itália, por exemplo, que enfrentam redução da população, não deram certo porque só previam incentivos às mulheres e não davam o direito à escolha do casal. Conclusão: não adianta dar dinheiro para as mulheres ficarem em casa para que elas tenham mais filhos, porque nem todas querem isso. O desejo por realização profissional mobiliza a maioria. O esforço tem que ser para conciliar maternidade e vida profissional.


A revista inglesa acha que é preciso agora lidar com os efeitos da revolução que já ocorreu. Um deles é o fato de que crianças se ressentem da ausência de ambos os pais. Isso será resolvido de forma mais contemporânea, dentro da nova mentalidade de que o cuidado da criança é dever — e direito — tanto do pai, quanto da mãe; e que lidar com a nova situação é uma responsabilidade das políticas públicas e das empresas. As mulheres vieram para ficar.
Fonte: O Globo (coluna da jornalista Míriam Leitão)