segunda-feira, 12 de outubro de 2009

No Brasil, presença feminina na política ainda é pequena

Não é só na renda que a desigualdade de gênero no Brasil salta aos olhos. A despeito das pré-candidaturas da ministra Dilma Rousseff (PT) e da senadora Marina Silva (PV) à presidência da República, por exemplo, o Brasil é o país em que as mulheres têm a menor representatividade no Congresso e na vida política da América Latina. A constatação é do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), no seu último relatório sobre o desenvolvimento humano no mundo. O estudo mostrou que apenas 9% dos assentos da Câmara e do Senado são ocupados por parlamentares do sexo feminino.

O problema de gênero no país é um fato, segundo o economista sênior do organismo internacional, Flavio Comim. As brasileiras vivem mais e têm mais anos de estudos no país. Porém, elas ganham pouco mais de US$7 mil por ano, em média, segundo o estudo do Pnud. Já os homens têm rendimento médio de US$12 mil.

- Isso é um indicador revelador. A melhora do mercado de trabalho não é acompanhada pela vida política - disse Comim.

Entre os países latino-americanos, Cuba tem o maior número de parlamentares mulheres (43%), sendo seguido por Argentina (40%). No ranking mundial, a Suécia é o país com maior número de mulheres no Legislativo, com 47% dos assentos totais. A Finlândia, que tem uma mulher como presidente, Tarja Halonen, vem em seguida com 42%.

No Brasil, a participação das mulheres em cargos ministeriais também está entre os piores: 11%. O Chile, cuja presidência é ocupada por uma mulher, Michelle Bachelet, é o campeão neste quesito na América Latina, com 40%, sendo seguido de Trinidad e Tobago (36%).
Fonte: Jornal o Globo

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